Sabe aquelas pessoas que vem ao mundo para cuidar? É...
CUIDAR no sentido literal da palavra (Ter
cuidado, tratar de, assistir, aplicar a atenção).
Pois é, esta pessoa veio ao mundo no dia
13 de setembro de 1933, na cidade de Ibiapina-CE, e recebeu o nome de Maria do
Socorro Carvalho, ou carinhosamente... Corrinha. Mulher guerreira que nunca se deixou
abater pelos desafios e problemas que a vida lhes impôs e que nunca, num só
dia, soube o que significa a palavra tristeza ou depressão.
Não é para qualquer pessoa passar por
tudo que ela já passou. A começar pela perda iminente do noivo, 20 dias antes
do casamento, e pelo qual tinha um grande amor, até hoje eternizado em seu
coração.
Sempre teve uma vida voltada ao
desprendimento em ajudar. Primeiro, sua irmã, com a qual sempre viveu, depois
que seus pais faleceram. A irmã passou 13 anos numa cadeira de rodas, depois de
um AVC, que a deixou paralítica e sem o movimento dos membros superiores. Lá
estava a Corrinha, fazendo de tudo para que o olhar de sua irmã sempre
brilhasse de alegria, mesmo no momento de maior adversidade. Mais uma perda em
sua vida: sua irmã se foi. Agora lhe restava cuidar do cunhado, que havia
ficado viúvo e cego; e da irmã adotiva, que começou a sofrer de depressão após
a separação do esposo.
Corrinha sempre firme em suas convicções e certezas da
importância sublime da vida, dava sempre conselhos à irmã, que não a atendeu e “se
foi” por vontade própria.
Com sua sinceridade à flor da pele, ingenuidade aparente,
autenticidade no discurso e espontaneidade que lhe é peculiar, disse quando sua
irmã adotiva se foi: “Que boba esta criatura em perder a própria vida, coisa
mais importante que existe”.
Além dos diversos irmãos que já se foram, a última perda
foi de seu cunhado em 2010.
Agora somos nós duas: ela, a guerreira; e eu, a pessoa que
mais precisa dela, a pessoa que mais a ama e a pessoa que a acha mais
importante no mundo.
“Encaliçada” das perdas e sofrimentos, nunca se abateu por
nada e está sempre com uma piada ou uma prosa (como ela mesma diz) na ponta da
língua.
Seus maiores tesouros somos nós: eu; meus irmãos Wilson,
Aurilson e Aurizélio, minhas cunhadas Samia, Viviane e Claudilene; e meus
sobrinhos Benjamim, Celine, Lorena e Arthur; sua família postiça, mas ao mesmo
tempo verdadeira, por está sempre que podemos em sua companhia. Ver seu sorriso
é nossa maior felicidade.
Mas você quer fazer uma visitinha à Corrinha?? Pois não vá
à noite. Como boa noveleira, ela detesta perder um capítulo sequer de suas
novelas. Fica a dica!
Esta é nossa guerreira, que apesar de não ter tido esposo
e filhos de verdade, sempre teve sua família, que lhe dar muita importância e
quer ouvir ainda suas prosas por muitos anos.
Corrinha, te amamos muito!
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