quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Corrinha: nossa guerreira



Sabe aquelas pessoas que vem ao mundo para cuidar? É... CUIDAR no sentido literal da palavra (Ter cuidado, tratar de, assistir, aplicar a atenção).

Pois é, esta pessoa veio ao mundo no dia 13 de setembro de 1933, na cidade de Ibiapina-CE, e recebeu o nome de Maria do Socorro Carvalho, ou carinhosamente... Corrinha. Mulher guerreira que nunca se deixou abater pelos desafios e problemas que a vida lhes impôs e que nunca, num só dia, soube o que significa a palavra tristeza ou depressão.

Não é para qualquer pessoa passar por tudo que ela já passou. A começar pela perda iminente do noivo, 20 dias antes do casamento, e pelo qual tinha um grande amor, até hoje eternizado em seu coração.

Sempre teve uma vida voltada ao desprendimento em ajudar. Primeiro, sua irmã, com a qual sempre viveu, depois que seus pais faleceram. A irmã passou 13 anos numa cadeira de rodas, depois de um AVC, que a deixou paralítica e sem o movimento dos membros superiores. Lá estava a Corrinha, fazendo de tudo para que o olhar de sua irmã sempre brilhasse de alegria, mesmo no momento de maior adversidade. Mais uma perda em sua vida: sua irmã se foi. Agora lhe restava cuidar do cunhado, que havia ficado viúvo e cego; e da irmã adotiva, que começou a sofrer de depressão após a separação do esposo.

Corrinha sempre firme em suas convicções e certezas da importância sublime da vida, dava sempre conselhos à irmã, que não a atendeu e “se foi” por vontade própria.
Com sua sinceridade à flor da pele, ingenuidade aparente, autenticidade no discurso e espontaneidade que lhe é peculiar, disse quando sua irmã adotiva se foi: “Que boba esta criatura em perder a própria vida, coisa mais importante que existe”.

Além dos diversos irmãos que já se foram, a última perda foi de seu cunhado em 2010.
Agora somos nós duas: ela, a guerreira; e eu, a pessoa que mais precisa dela, a pessoa que mais a ama e a pessoa que a acha mais importante no mundo.

“Encaliçada” das perdas e sofrimentos, nunca se abateu por nada e está sempre com uma piada ou uma prosa (como ela mesma diz) na ponta da língua.

Seus maiores tesouros somos nós: eu; meus irmãos Wilson, Aurilson e Aurizélio, minhas cunhadas Samia, Viviane e Claudilene; e meus sobrinhos Benjamim, Celine, Lorena e Arthur; sua família postiça, mas ao mesmo tempo verdadeira, por está sempre que podemos em sua companhia. Ver seu sorriso é nossa maior felicidade.

Mas você quer fazer uma visitinha à Corrinha?? Pois não vá à noite. Como boa noveleira, ela detesta perder um capítulo sequer de suas novelas. Fica a dica!

Esta é nossa guerreira, que apesar de não ter tido esposo e filhos de verdade, sempre teve sua família, que lhe dar muita importância e quer ouvir ainda suas prosas por muitos anos.

Corrinha, te amamos muito!

Seus eternos filhos: Auricélia, Wilson, Aurilson e Aurizélio.








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