Noite de
luar e Ana com uma crônica da escola para fazer. Ela já tinha o assunto do
texto: o “pq” que ela usou em sua última redação e que a fez zerar.
–
Professora, por que serei minha redação? – perguntou assustada e surpresa.
– Porque
você escreveu a linguagem reduzida da internet: a palavra “pq” – disse a
professora.
– Valha!
Realmente... E nem me toquei, professora.
– Pois é,
Ana. Hoje em dia deixamos muitas vezes de ler um livro, seja ele romance,
crônica ou poesia, para estarmos no bate-papo, pelo celular ou internet. E
esquecemos que em nossa Língua Portuguesa há vários modos de falar e escrever,
e que isso atinge diretamente o momento em que estamos vivendo. Temos que
diferenciar o formal do informal, pois aquela ainda é a forma gramaticalmente
cobrada e usada nas escolas, exames vestibulares e concursos. Podemos usar a
redução de palavras no bate-papo? Claro que sim. O que não podemos é esquecer
de que isso pode influenciar de maneira negativa a nossa escrita, podendo se
transformar num vício, muitas vezes difícil de combater. A linguagem formal
deve ser usada tanto na leitura quanto na escrita sempre que possível, pois só
assim podemos equilibrar as formas de escrita, diferenciando-as para cada
instrumento utilizado. E lembre-se: a língua somos nós que fazemos no
dia-a-dia, no entanto é cheia de regras e devemos respeitá-las para dar
continuidade a este bem precioso que distingue os povos no mundo. E mais:
tenhamos orgulho de ter uma Língua Portuguesa viva!
Com essa
explicação, Ana refletiu e começou a produzir sua crônica, expressando a grande
dificuldade que tinha em escrever diferenciando linguagem forma de informal e
foi necessário usar um dicionário ao lado, para que sempre que tivesse uma
dúvida pudesse recorrer a ele e assim o texto produzido finalizasse de maneira
formal e correta.
– Puxa, foi difícil! Acho que tenho que equilibrar minha
escrita. Não dá para escrever só de maneira informa, pois posso me prejudicar
futuramente – concluiu Ana.