sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Por que usei "pq"?


Noite de luar e Ana com uma crônica da escola para fazer. Ela já tinha o assunto do texto: o “pq” que ela usou em sua última redação e que a fez zerar.
– Professora, por que serei minha redação? – perguntou assustada e surpresa.
– Porque você escreveu a linguagem reduzida da internet: a palavra “pq” – disse a professora.
– Valha! Realmente... E nem me toquei, professora.
– Pois é, Ana. Hoje em dia deixamos muitas vezes de ler um livro, seja ele romance, crônica ou poesia, para estarmos no bate-papo, pelo celular ou internet. E esquecemos que em nossa Língua Portuguesa há vários modos de falar e escrever, e que isso atinge diretamente o momento em que estamos vivendo. Temos que diferenciar o formal do informal, pois aquela ainda é a forma gramaticalmente cobrada e usada nas escolas, exames vestibulares e concursos. Podemos usar a redução de palavras no bate-papo? Claro que sim. O que não podemos é esquecer de que isso pode influenciar de maneira negativa a nossa escrita, podendo se transformar num vício, muitas vezes difícil de combater. A linguagem formal deve ser usada tanto na leitura quanto na escrita sempre que possível, pois só assim podemos equilibrar as formas de escrita, diferenciando-as para cada instrumento utilizado. E lembre-se: a língua somos nós que fazemos no dia-a-dia, no entanto é cheia de regras e devemos respeitá-las para dar continuidade a este bem precioso que distingue os povos no mundo. E mais: tenhamos orgulho de ter uma Língua Portuguesa viva!
Com essa explicação, Ana refletiu e começou a produzir sua crônica, expressando a grande dificuldade que tinha em escrever diferenciando linguagem forma de informal e foi necessário usar um dicionário ao lado, para que sempre que tivesse uma dúvida pudesse recorrer a ele e assim o texto produzido finalizasse de maneira formal e correta.

– Puxa, foi difícil! Acho que tenho que equilibrar minha escrita. Não dá para escrever só de maneira informa, pois posso me prejudicar futuramente – concluiu Ana.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Texto: ame-o e compreenda-o


Pâmela chegou em casa da escola e perguntou à mãe:

 – Mãe, por que não consigo ler e compreender um texto ao mesmo tempo?

A mãe, pós-graduada em Linguística Aplicada a Textos, responde:

– Pâmela, você não está lendo. Na verdade, você está apenas decodificando letras e palavras. Ler é um ato de amor com o texto, de reciprocidade e atenção. Quer entender? Quando você ama alguém, é como se o mundo ao redor não existisse e só estivesse ali você e o ser amado, por isso você dá atenção e é capaz de compreendê-lo ou até mesmo de incitá-lo à compreensão recíproca. Assim é o texto. No momento em que está com ele, deve amá-lo, mas acima de tudo envolver-se com ele, deixar-se encantar, e assim compreendê-lo como ele se mostra.

– Mamãe, então é a minha capacidade de amar o texto que vai me fazer compreendê-lo?


– Sim. E mais que isso: vai fazer com que você viva as suas ideias, apaixone-se por elas e seja feliz pelo simples fato de fazer história com o texto que está lendo, que está envolvida. Ame –o e serás recompensada pelo resto da vida.