terça-feira, 21 de junho de 2011

E o gás do estudante? Onde está?

Às vezes paro e fico observando alguns dos meus alunos: olhar vazio, atitudes insólitas, falta de interesse, enfim. Fico me perguntando onde está o gás de suas vidas, algo difícil de encontrar na atual conjuntura educacional.

Um dia desses, perguntei a um deles por que não tinha feito o exercício de casa durante o final de semana. A resposta dele foi pronta, rápida e convicta: “não tive tempo... foram muitas festas...”.

Aquela resposta me deixou atônita e até sem palavras para argumentar. Como pode alguém não saber pelo menos conciliar sua atividades? E ainda: deixar de lado os estudos?

Fico lembrando da época em que eu estudava, quando disputávamos nota a nota, exercício a exercício quem terminava primeiro, quem dava a melhor e mais objetiva resposta.

Infelizmente, o que percebo hoje são alunos apáticos, sem gás para a vida escolar. Posso afirmar com experiência de sala de aula.

Alunos que me dizem que vão ao colégio porque os pais os obrigam ou somente para receber um “bolsa-escola” (perdição do ensino brasileiro... como pode um país querer crescer através de uma educação remunerada aos alunos, ou seja, para se “ter gosto pelos estudos” tem-se que receber uma certa quantia em troca???). Ridículo!

Deveríamos TODOS pensar na EDUCAÇÃO como forma de crescimento intelectual, pessoal e profissional. Mas não. A educação está estagnando-se a cada dia e mostra-se mais como um refúgio para algumas horas do dia e não como busca de conhecimento. Esse deveria ser o objetivo precípuo de quem quer crescer e ter um futuro melhor, com um emprego e um “lugar ao sol”. Em consequencia disso, poderiam curtir festas e festas sem remorsos pelas ações do passado e orgulhosos por terem vencido pela educação.

Avante, futuro da nação!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Saiba o momento certo de tirar o conhecimento por trás das cortinas


Trabalhar numa turma de alunos com as mesmas características de aprendizagem é o sonho de qualquer educador.

Todavia este ano, algo me chamou a atenção, aliás um aluno: Dariel. De uma inteligência, capacidade e raciocínio lógico fora do comum, ele chama a atenção dentre os demais da turma. Não que na turma não existam bons e interessados alunos, mas porque Dariel ainda não consegue controlar todas estas qualidades para si. Ele sempre tem as respostas na ponta da língua.

Dariel sabe! Isto é fato! O que ele precisa aprender ainda é que vivemos em uma sociedade em que precisamos aprisionar dentro de nós mesmos nossas alegrias e conquistas para não deixar os outros “frustrados” (explicando melhor: sem invejas malditas que possam podar nossos momentos de puro êxtase).

Ficamos felizes quando sabemos a matéria, a resposta de um cálculo, ou o personagem de uma obra literária antes de qualquer outro colega da turma, mas infelizmente temos que guardar para nós mesmos e muitas vezes prender no inconsciente do nosso eu para não sermos massacrados pela “maioria”, que muitas vezes nos julgam como “seres que se acham superiores” e na verdade nem é isso. Apenas se quer demonstrar o conhecimento adquirido ao longo de anos de estudo.

Infelizmente Dariel deve aprender a se conter, caso contrário sofrerá sempre com as interrupções alheias, com os sorrisos de escárnio e as críticas maldosas.

E lembrem-se: aprendemos para nós e não para os outros. Deixe que o futuro mostrará quem realmente pode ser feliz.

Entenda a lição, Dariel!

Importantes decisões necessitam de um tempo para reflexão


Todo ser humano inicia sua vida com decisões, como diz Cecília Meireles: “ou isto ou aquilo”. É a profissão que optamos para seguir, a comida que vamos saborear, o lugar para onde queremos viajar, o menino que vamos paquerar etc.

Tomar decisões fáceis sem grandes impactos para nossa vida é mais fácil e rápido. Todavia, quando se tem que decidir algo que afetará não só a nós, mas também a outras pessoas, isso nos toma um certo tempo e, muitas vezes, mexe com nosso psicológico, nos mostrando nesse momento que, na verdade, somos tão frágeis que o medo nos impõe a recuar nesta batalha.

São momentos de angústia, indecisão, frustração, incerteza... momentos de puro ritual de processamento das informações, analisando pontos positivos e negativos.

Somos seres humanos que estamos sempre em busca da felicidade e o que queremos sempre é acertar na escolha e conseguir este fim, mas... a dúvida e o medo nos assolam com a famosa probabilidade do erro e do acerto.

Aprendi algo nestes últimos dias que, talvez nunca tivesse aprendido durante minha vida inteira: refletir, pensar e tomar a decisão. Isso sim tem que ser feito. O que não dá é “ficar em cima do muro” com a angústia da consciência indecisa.

Pesar fatos positivos e negativos na balança do presente e do futuro nos ajuda a uma autocrítica e consequente concepção do “ideal”, mesmo que não o seja.

O importante é sair desta prisão da dúvida psicológica e viver da maneira decisória que acreditamos trazer a felicidade.

Pense nisso!