terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Ficante Diferente



Sabe por que fico triste quando não falas comigo?
Porque você é diferente.
Não é meu namorado, mas é meu ficante.
Não é meu amor, mas é meu grude gostoso.
Não me deve satisfação,  mas me deve consideração.
Não precisa se declarar, mas poderia não me esquecer".
Não estar sempre comigo, mas não precisa fazer eu enxugar gelo.
Tenho todos os motivos pra bloquear, mas tenho o dobro pra te gostar.
Nossas diferenças nos fazem assim: reféns do espaço,  do tempo e, infelizmente, da sociedade.
No entanto, meu momento com você se enche de alegria e queria que fosse estático pra sempre.
Peço-te: sente comigo o que estou sentindo, aprende comigo o que estou aprendendo, vive comigo o que estou vivendo.
Assim, você e eu... eu e você... indo.. seguindo... na efemeridade do tempo presente.

sábado, 19 de novembro de 2016

Ser ou Estar? Eis a questão.

        

         Certa vez meu diretor falou: “Estar nem sempre é ser... Estar é presença física, corpórea... Ser é compromisso, é filosofia do compromisso, é compartilhar”. Aquelas palavras não quiseram ir embora e ecoaram em mim até que eu as saboreasse, degustasse, sentisse...
        Primeiro comecei por entender a diferença entre os verbos Estar e Ser. Estar é condição física, emocional ou material e, portanto, efêmera. Ser é ter identidade, algo intrínseco.
        Quando estes conceitos se voltam às ações humanas percebe-se que há pessoas que agem tão superficialmente e de maneira tão medíocre, acreditando que o mínimo que fazem já é o máximo, que só conseguem estar em determinados ambientes para comprovar a lei da física de que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço.
          Já outras, são tão preciosas e agem de maneira única, útil, responsável, criativa e entusiástica, valorizando o seu tempo, o seu momento, encantando os demais que a cercam.
          Essas últimas são pessoas satisfeitas e mais realizadas com seu trabalho, com sua profissão, com a família; e tudo que fazem já é em forma de agradecimento por tudo de positivo que acontece em suas vidas. Não tenha dúvida disso!
          Pessoas negativas e frustradas perdem muito tempo apenas “estando”. Aprenda a valorizar suas ações nesta vida e comprove o quanto é maravilhoso e belo “ser”: ser humano, ser digno, ser respeitado, ser reconhecido, ser admirado, ser amado.

           Pense nisso!!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Sobre as quatro rodas

Sobre as quatro rodas
Dentro de um universo
Cifras, melodias e letras
Delírios em canção
Altos e belos tons
Imagens do presente e do passado
Chegam de repente
E também vão
Quando a faixa muda
Paixões,  amores decepções
Tristeza,  melancolia, dor
Depois de três minutos...
superação,  alegria, amor
E ainda histórias da vida
entretendo o meu caminho
Longo, sinuoso, belo
Não seria o mesmo
Sem música em alto volume
Só eu e meu mundo
Na parceria do meu carango
Naquele instante de imagens
Onde sons se estendem
ao mundo fora dele
Tendo o gosto da alegria
Aos meus passos de luz
Irradiando energia
Ah! O Sandero Prata
ouve os segredos
e acalenta
E assim vou indo
Na estrada da vida
Fazendo e refazendo
Meu destino em canção

terça-feira, 17 de maio de 2016

O desprezo pela Plurissignificância da Língua Portuguesa

       Nessa última semana fiquei preocupada e de certa maneira assustada com o que observei nas redes sociais, quando vi dois casos de reputação de pessoas de bem sendo arremessada ao lixo.  O primeiro foi um empresário do Piauí e o segundo foi um Professor e Advogado maranhense. Os dois foram alvos de pura falta de conhecimento da plurissignificância de nossa Língua, em especial da interdiscursividade e das figuras de linguagem presente nos discursos.
Os dois supracitados escreveram textos irônicos e cheios de metáforas em suas redes sociais sobre a troca de presidente, o que lhes causou séria dor de cabeça, quando seus textos foram "recortados" e divulgados em redes sociais e matérias da imprensa, fazendo-se os piores julgamentos, dentre eles o de preconceito e racismo.
Não sou nenhuma doutora em Linguística, mas sou professora de Língua Portuguesa, com pós-graduação em Metodologia da Leitura e da Escrita, o que me proporciona um gosto exacerbado pelo estudo da Análise de Discurso, em especial a recepção e feedback de discursos, sejam eles falados ou escritos.
Infelizmente, o que acontece atualmente é que a grande maioria das pessoas vê como boa escrita somente aquela em que não há "erros de Português", digo, somente aquelas em que seguem os padrões da gramática normativa. E esquecem que um texto vai além desta estrutura extrínseca. Um bom texto também precisa ter uma boa estrutura intrínseca, que são as ideias bem colocadas, presentes na sintaxe e na semântica dos discursos. Isso significa que para escrever e/ou entender um Bom Texto faz-se necessário um conhecimento da Linguagem e da Construção de Sentido do mesmo. E para isso, um estudo de conceitos como Intertextualidade, Interdiscursividade, Funções de Linguagem, Sentido Figurado, Denotação e Figuras de Linguagem, como Ironia, Metáforas, Metonímias e Eufemismo são de suma importância.
O grande problema é que tudo isso está sendo deixado em segundo plano em nossa Língua. E a maioria das pessoas não consegue ter um senso crítico e nem perspicácia para entender as entrelinhas, e se tornam mecanizadas por uma Língua Estática, regida por uma gramática normativa.
É triste ver que grandes pensadores, estudiosos e formadores de opinião não possam usar seu conhecimento profundo da Língua na hora de escrever e/ou falar porque podem ser "mal interpretados", e aí se tornam refém de um paradigma, que atualmente é a linguagem objetiva, preguiçosa, das palavras isoladas em seu contexto, onde o leitor/ouvinte não precisa ter o trabalho de interpretar as multifacetas do texto. É como se dissessem que "quebrar um galho" deve ser interpretado apenas como "quebrar o galho da árvore".
Queridos leitores, sejamos mais sensíveis, mas críticos, mais curiosos, mais perspicazes na hora de ouvir e/ou ler um discurso e, assim, não julgar de maneira errônea o que o autor realmente pretendeu expressar.
É decepcionante ver nossa Língua tão bela e plurissignificante ser usada somente em sua forma mais rústica, bruta e inocente, sendo que há inúmeras possibilidades e elas estão aí para serem usadas. Então, cabe a cada um apenas estudar um pouco mais e usá-la para expor pensamentos, opiniões e sentimentos, dos modos mais variados possíveis. Sinto-me feliz quando vejo um texto cheio de significados, onde o locutor faz-nos leitor ativo, despertando para as mais variadas relações semânticas, e nos faz ter as mais diferentes reações.

Por discursos plurissignificantes em nossa Língua, sou a favor!!!

segunda-feira, 7 de março de 2016

O comboio que o professor carrega em si


        Entro na sala no primeiro dia de aula. O olhar sombrio, desaprovando-me como que já me conhecesse. Não recuo, não declino. O meu jeito de dar aula é este: duro, porém sensível aos problemas; analítico, porém cauteloso ao ouvir; ríspido, porém sôfrego na percepção e empatia pelo outro.
      O professor nunca será e nem pode ser somente um lado, até porque o aluno também é agente nesse contexto. Agente, na concepção precípua da educação, que teima sempre em nos testar, em nos incitar, em nos provocar.
        Professor é vida, é moeda de dois lados, é antítese, é paradoxo, é profissional,  é ser humano, é razão, é emocional. Em alguns momentos tem que dar uma de Fernando Pessoa e ser até heterônimo.
    Desistir? Não é sua característica, porque resiliência é algo fundamental e necessário em sua vida, que se prolonga em outras vidas. Nesse caso, a dos alunos.
        E assim, como diz o poeta: "gira a entreter a razão, esse comboio de cordas que se chama coração".

01/02/2016

sábado, 23 de janeiro de 2016

Amor Explosão



     Ele vem e me diz: "Amor... isso é bom que fique só entre a gente. Quando muitas pessoas ficam sabendo, não dá certo."
     E por que não dar certo? Se não der certo, é  porque ou sem ninguém saber ou com todo mundo sabendo jamais iria dar certo.
     O amor dar certo visto por um, por dois, por dez e até por mil, porque quando é verdadeiro, nada e nem ninguém impede.
      Muitos podem até me criticar, mas sou do tipo Amor Explosão e não Amor Bolha.
     No Amor Bolha, é como se o casal vivesse dentro de uma bolha, onde um dos dois se sente "constrangido" por se expor de alguma forma, seja pegar na mão,  num passeio na praça; seja numa declaração nas redes sociais, etc. Muitas vezes, quem vive com um parceiro assim  é forçado a seguir "as regras" para não perder o "grande amor", já que está cegamente apaixonado.
     No Amor Explosão (que é o meu caso),  um dos dois sente prazer em demonstrar o que sente pelo outro "para o mundo", seja com gestos de carinho em público;  declarações em redes sociais (acho que se um pretenso namorado não tivesse Facebook,  pediria para criar, só pra colocar o relacionamento... rs); declarações surpresas avassaladoras em locais públicos (Hun. .. sei lá. .. shows, televisão,  rádio,  restaurantes, pubs, outdoors).
     Esconder o Amor? Deve ser assim que o Amor Bolha é visto: enrustido, plácido, morno, frio, insípido, incolor..
      Não. Definitivamente não!
     Quem ama deve ter prazer em mostrar o quanto é gostoso estar com o parceiro e demonstrar sim "para o mundo" tudo isso, ora!
    E eu, contrariando a maioria das opiniões,  não posso aceitar para meu ser em ebulição um Amor Bolha. Prefiro mesmo a explosão,  a luz, o colorido, a inquietude, o dinamismo, a erupção, a avalanche, o furacão, a tempestade de declarações fulminantes que chegam e avassalam  de maneira fulminante nossas melhores emoções, fazendo-nos explodir de amor.
    E quem não concordar, aprisione-se e adormeça aí com seu Amor Bolha, que eu vou indo ali, tentando controlar o incêndio da minha alma que se queima de amor.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Nem adianta tentar...


Minha inteligência, Maturidade e Perspicácia tornam Efêmera qualquer forma burlesca de permanecer comigo.
E só entende isso quem tem ouvidos capazes de ouvir estrelas, né Olavo Bilac?
Prazer... Auricélia Brito

Amor Declarativo




Como o mundo é mesmo contraditório, gente. As demonstrações de carinho e de amor para uns é romantismo. Já para outros é pura cafonice e ainda dita como motivo de inveja para outros. 


Se em época que Álvares de Azevedo cantava o amor em suas poesias, existissem as redes sociais, fico me perguntando se o mal do século seria outro.

Sinceramente, em dias modernos, de pura virtualidade, vejo que falta romantismo sim. Faltam declarações que dão sabor às relações. Não estas melosas, que aparecem estimuladas apenas para causar inveja, mas aquelas verdadeiramente poéticas em que vemos o sentimento embutido na semântica das palavras usadas.

Falo do amor que ora sabe expor Vinícius de Morais, Carlos Drummond e Camões. O Amor que perpassa pelo coração e chega até a alma em forma de olhar, de toque, de cheiro, de abraço, de beijo, de poesia, música, de grito, de shows, de vôos... enfim, das muitas formas que só um ser voraz e com vontades próprias e exacerbadas conseguem expectar. 

Claro, seres tépidos jamais vão compreender, interpretar, querer ou ensejar atitudes como essas porque pra eles respirar já é suficiente.


Amemos.... amemos... entoemos o amor e não tenhamos vergonha disso!