sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Minha vida é multicolorida



Por várias vezes as pessoas me perguntam: você é azul da cor do céu ou amarelo da cor do ouro?
Demorei a responder, porque fiz uma grande reflexão.
Poder, riqueza, brilho e beleza nos remetem a ouro, que também está no radical do meu nome. Lembrei-me do quanto as pessoas sentem-se felizes por ostentarem a riqueza e o poder que o ouro revela.
E o céu? Ah! O céu... lembra-me liberdade... vontade de voar, desejo do homem conhecer o mundo com mais facilidade, através de vôos aéreos.
Então pensei: por que não posso ser multicolorida? O amarelo do ouro e o azul do céu contem em si sua simbologia de beleza e felicidade. Além, claro, da simbologia das outras cores primárias que temos ao nosso redor.
Que tal o verde das matas? Ela nos mostra a grandiosidade do universo de beleza ambiental em que nós temos o privilégio de viver.
E o preto do asfalto, que nos abre várias possibilidades de viagem pelo mundo?
E o vermelho do sangue? Ele pulsa em nossas veias e nos dá a manutenção da vida.
O branco da paz nos faz ter uma melhor convivência com o próximo, amando e sendo amada e sem discussões banais, que nos fazem perder o semblante da felicidade em nosso rosto.
Já o marrom nos lembra São Francisco, que em sua mais importante oração nos diz: “Onde houver ódio que eu leve o amor...”
Então, agora posso responder com convicção: sou mesmo MULTICOLORIDA e vivo minha vida precisando de todas as cores e do que elas representam para buscar o caminho do bem e ser feliz.
Fica a dica!


Cansei de ser adulta



Hoje em dia me sinto tão só e tão carente, porque não tenho a ti, “anjo da terra”. Na verdade, queria saber por que tive ficar praticamente sozinha no mundo. Sinto falta de carinho, de apego, de colo, enfim... de você, anjo que se foi.
Quando caía, cortava o dedo, ou até tirava uma nota baixa na escola, tu estavas ao meu lado, me dando força para prosseguir, desviando as pedras do caminho.
Mas cresci... e com o tempo vieram as responsabilidades e o teu desaparecimento carnal.
Às vezes me sinto tão frágil e não sei se sou capaz de “ser a adulta responsável” ou se sou apenas uma “adolescente, com seus medos e traumas”.
Sinto-me tão mal nesta situação, nesta idade onde as responsabilidades assombram a porta da nossa vida. Queria que a minha porta fosse de concreto e ferro para que nunca conseguissem adentrar.
Agora sim, percebo como o mundo adulto é desafiante, chato, cheio de responsabilidades e/ou pessoas más.
O pior de tudo é quando não temos o anjo forte para nos acalentar do sofrimento e da dor que nos arrebata.
Alguém aí possui uma porção mágica para voltar a ser criança? Quem tiver, pode me dizer que eu compro.
Cansei de ser adulta!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Corrinha: nossa guerreira



Sabe aquelas pessoas que vem ao mundo para cuidar? É... CUIDAR no sentido literal da palavra (Ter cuidado, tratar de, assistir, aplicar a atenção).

Pois é, esta pessoa veio ao mundo no dia 13 de setembro de 1933, na cidade de Ibiapina-CE, e recebeu o nome de Maria do Socorro Carvalho, ou carinhosamente... Corrinha. Mulher guerreira que nunca se deixou abater pelos desafios e problemas que a vida lhes impôs e que nunca, num só dia, soube o que significa a palavra tristeza ou depressão.

Não é para qualquer pessoa passar por tudo que ela já passou. A começar pela perda iminente do noivo, 20 dias antes do casamento, e pelo qual tinha um grande amor, até hoje eternizado em seu coração.

Sempre teve uma vida voltada ao desprendimento em ajudar. Primeiro, sua irmã, com a qual sempre viveu, depois que seus pais faleceram. A irmã passou 13 anos numa cadeira de rodas, depois de um AVC, que a deixou paralítica e sem o movimento dos membros superiores. Lá estava a Corrinha, fazendo de tudo para que o olhar de sua irmã sempre brilhasse de alegria, mesmo no momento de maior adversidade. Mais uma perda em sua vida: sua irmã se foi. Agora lhe restava cuidar do cunhado, que havia ficado viúvo e cego; e da irmã adotiva, que começou a sofrer de depressão após a separação do esposo.

Corrinha sempre firme em suas convicções e certezas da importância sublime da vida, dava sempre conselhos à irmã, que não a atendeu e “se foi” por vontade própria.
Com sua sinceridade à flor da pele, ingenuidade aparente, autenticidade no discurso e espontaneidade que lhe é peculiar, disse quando sua irmã adotiva se foi: “Que boba esta criatura em perder a própria vida, coisa mais importante que existe”.

Além dos diversos irmãos que já se foram, a última perda foi de seu cunhado em 2010.
Agora somos nós duas: ela, a guerreira; e eu, a pessoa que mais precisa dela, a pessoa que mais a ama e a pessoa que a acha mais importante no mundo.

“Encaliçada” das perdas e sofrimentos, nunca se abateu por nada e está sempre com uma piada ou uma prosa (como ela mesma diz) na ponta da língua.

Seus maiores tesouros somos nós: eu; meus irmãos Wilson, Aurilson e Aurizélio, minhas cunhadas Samia, Viviane e Claudilene; e meus sobrinhos Benjamim, Celine, Lorena e Arthur; sua família postiça, mas ao mesmo tempo verdadeira, por está sempre que podemos em sua companhia. Ver seu sorriso é nossa maior felicidade.

Mas você quer fazer uma visitinha à Corrinha?? Pois não vá à noite. Como boa noveleira, ela detesta perder um capítulo sequer de suas novelas. Fica a dica!

Esta é nossa guerreira, que apesar de não ter tido esposo e filhos de verdade, sempre teve sua família, que lhe dar muita importância e quer ouvir ainda suas prosas por muitos anos.

Corrinha, te amamos muito!

Seus eternos filhos: Auricélia, Wilson, Aurilson e Aurizélio.