segunda-feira, 27 de março de 2023

Educação chorando lágrimas de socorro



Hoje segurei a dor dentro do meu peito desde às 9h da manhã, quando soube do assassinato da professora Elizabeth Tenreiro, por um aluno de 13 anos, numa escola de São Paulo.

Sim... segurei entalada um choro que consegui demonstrar agora, depois de chegar em casa.

Hoje passou um filme na minha cabeça, de todas as professoras que passaram em minha vida: as que me alfabetizaram, as que me ensinaram conjugar verbo, as que me ensinaram a resolver uma equação de 2° grau, as que me fizeram aprender as capitais e estados brasileiros,  as que me fizeram amar Fernando Pessoa, Clarice Lispector,  José de Alencar e Machado de Assis, as que me fizeram refletir com Sócrates,  as que me fizeram entender que na Linguística Textual existem diversas vozes no discurso...

Enfim... passou um filme na minha cabeça e hoje participo deste filme como protagonista, de uma educação que nos causa sentimentos de angústia, principalmente quando vemos uma professora de 71 anos dentro de uma sala de aula tentando mudar o futuro de adolescentes através da Educação,  ser assassinada pelo seu próprio aluno algoz.

Ser PROFESSOR no Brasil hoje está cada vez mais perigoso. E cada dia estamos ficando mais a mercê  de bandidos disfarçados de alunos. #TristeRealidade

Quem quer estudar e se transformar pela educação vai para a escola com este objetivo. Quem destoar disso, não pode ser considerado estudante.

Sim. Estou triste, em choque, arrasada, porque perdemos uma educadora e poderia ser com qualquer um de nós. 

Cadê a segurança das escolas??? Cadê os psicólogos nas escolas???

A pandemia escancarou todo o mal que estava "preso" nestes jovens.

Até quando, vamos ver professores e professoras sendo assassinados por alunos que ainda não compreenderam o verdadeiro sentido de EDUCAÇÃO?

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